quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Nomenclatura em endodontia

Para definirmos o comprimento real do dente e o limite apical para instrumentação, devemos antes conhecer tais nomenclaturas e suas abreviações.


CDR
Comprimento do dente na radiografia - medida que vai da referência externa até o ápice radiográfico.
CTP
Comprimento de trabalho provisório – CDR -1mm
CPC
Comprimento de patência do canal – comprimento do canal desde de seu ponto de referência externa até o seu término. É definida pela linha imaginária que tangencia as bordas do forame apical.
CT
Comprimento de trabalho – CPC -0,5 mm




Bibliografia: 
Manual de endodontia FOUFMG - orientações gerais. Volume 1. 2012





terça-feira, 9 de outubro de 2012

Características do preparo da cavidade classe I

Antes de iniciarmos o preparo, devemos estar cientes que tais regras devem ser respeitadas:


  • Remoção de todo o tecido cariado.
  • Conservar a maior quantidade possível de tecido sadio.
  • Manter as paredes cavitárias suportadas por dentina sadia
  • Deixar as paredes cavitárias lisas e planas
  • Deixar o preparo limpo e seco 


Características do preparo:

Na sua confecção devemos utilizar a broca 245


  • Abertura vestíbulo-lingual na região do istmo com ¼ de distância entre os vértices das cúspides correspondentes.
  • Parede pulpar plana e perpendicular ao longo eixo do dente. 
  • Paredes vestibular, lingual, mesial e distal convergentes para oclusal. 
  • Ângulo diedro do segundo grupo ligeiramente arredondados
  • Ângulo cavo-superficial nítido e sem bisel.







Bibliografia:  BARATIERI, L.N. et al. procedimentos preventivos e restauradores. 6. ed. Rio de Janeiro.
                   MONDELLI, J. et al. Fundamentos de dentística operatória. 1.ed.




terça-feira, 25 de setembro de 2012

Alterações dentárias adquiridas

Erosão: é um processo gradual de descalcificação e dissolução do tecido duro, ocasionada pela ação direta de substâncias químicas não bacterianas na superfície dental exposta. A erosão pode-se originar de fontes extrínseca e intrínseca.

Extrínseca: Dieta – consumo de frutas de suco de frutas ácidos, bebidas gasosas
                    Meio ambiente – indústrias químicas, piscinas cloradas
                    Medicamentos  - vitamina C, ácido acetilsalicílico (AS), bebidas isotônicas

Intrínseca : forte associação com a xerostomia, aumento do tempo de contato da substância erosiva com o dente; doenças que provocam regurgitação, hipertireoidismo, bulimia nervosa, anorexia.



Abrasão: desgaste patológico do tecido duro do dente, causado por processos mecânicos anormais, como introdução de objetos na boca e em contato com os dentes repetidamente, escovação com força excessiva, grampos de próteses removíveis.


Atrição: é a perda de estrutura dental devido à ação mastigatória, ocorrendo geralmente nas superfícies oclusais e incisais dos dentes. Está relacionada com a idade.



Abfração: defeito de contorno visto na junção amelocementária que pode ser observada em um único dente, gerando perda de estrutura dental por repetida pressão (Trauma Oclusal) sobre os dentes, causada por estresse oclusal.








terça-feira, 11 de setembro de 2012

Alterações exógenas dos dentes(cor)

Alterações exógenas(após a erupção dos dentes)


Causa


Características nos
dentes


Observações
Extrínsecas (localizadas na coroa dental)




Corantes dos alimentos como café, chá, cigarro
Alimentação e uso
Varia de acordo com o alimento e com a intensidade da digestão
A higienização pós alimentação ou uso pode diminuir a ação dos corantes
Óxido de zinco e eugenol
Defeitos hereditários do esmalte.
Manchas
Depende do tempo de permanência da restauração temporária e da relação pó/líquido
Amálgama

O amálgama de prata sofre corrosão
e oxidação e os íons metálicos penetram nos túbulos dentinários causando alterações irreversíveis
desde pequenas manchas brancas até áreas opacas envolvendo grande
parte do dente com fossetas de coloração castanha
A ingestão pode ser materna, ou por dentifrícios fluoretados ou por complexos vitamínicos.
Intrínsecas(interior da câmara pulpar)




Hemorragia interna e necrose
Traumatismo
Manchas acinzentadas, escurecidas
O sangue e produtos cromatogênicos penetram nos túbulos dentinários onde ocorre a sua degradação, nos pacientes jovens os
canalículos são mais amplos e o sangue tem maior poder de penetração
Calcificação distrófica
Obliteração da câmara pulpar por deposição de
Cálcio
Escurecimento coronário

Materiais obturadores
Qualquer material obturador, inclusive os cones de guta persha
Manchas

Materiais obturadores que contém iodofórmio ou prata. Esses devem ser cortados 2mm aquém do
limite amelo-cementário, para evitar descolorações.
Desgaste fisiológico
Exposição da dentina
Coloração amarelada

Materiais obturadores que contém iodofórmio ou prata. Esses devem ser cortados 2mm aquém do
limite amelo-cementário, para evitar descolorações.
Pigmentações de origem iatrogênica
A execução inadequada da abertura coronária pode provocar
manchamentos pela deposição de sangue, cárie ou restos necróticos
Manchas




Clareamento Dental- Prof. Dr. Fernando Mandarino

Alterações endógenas nos dentes(cor)

Alterações Endógenas(no período deformação do germe dental)


Causa


Características nos
dentes


Observações
Hipoplasia de esmalte
Pode ser do tipo hereditário ou devido a fatores
ambientais
Formação incompleta da matriz orgânica do esmalte. O esmalte pode apresentar fossetas
ou fissuras dispostas em fileiras horizontais, nos casos mais graves pode haver ausência de esmalte
Fatores: deficiências nutricionais, doenças exantemáticas (sarampo, varicela, escarlatina), sífilis
congênita, hipocalcemia, traumatismo durante o nascimento, eritroblastose fetal, infeção ou
traumatismo local, ingestão de fluoretos ou causas idiopáticas.
Dentinogênese imperfeita
Defeitos hereditários da dentina
A cor dos dentes pode variar do cinza ao violeta ou castanho-amarelado, mas em todos
os casos apresentam uma tonalidade opalescente ou translúcida
Também pode ser denominada de dentina opalescente
hereditária
Amelogênese imperfeita
Defeitos hereditários do esmalte.
Alteração na coroa dos dentes, podendo variar do amarelo até o acastanhado
Em alguns casos o esmalte pode estar ausente ou apresentar sulcos e depressões
Fluorose Dental

Ingestão excessiva de fluoretos durante o desenvolvimento da
dentição decídua e permanente
desde pequenas manchas brancas até áreas opacas envolvendo grande
parte do dente com fossetas de coloração castanha
A ingestão pode ser materna, ou por dentifrícios fluoretados ou por complexos vitamínicos.
Tetraciclina

Intoxicação por tetraciclina
GRAU I apresenta coloração amarelo claro , castanho ou cinza claro. GRAU II mais intensa que I. GRAU III cinza escuro e com bandas na cervical. GRAU IV mais severa, não reage ao tratamento clareador
Visto
que a tetraciclina atravessa a barreira placentária a descoloração pode afetar tanto dentes decíduos
como os permanentes
Icterícia

Níveis elevados de bilirrubina no soro
As manifestações bucais encontradas são na língua, palato mole , mucosa jugal e os dentes podem
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apresentar coloração amarelo esverdeada
Causado por hemólise, falha no mecanismo de conjugação de hepatócitos ou obstrução do sistema biliar.
Porfirismo congênito

Caráter recessivo não ligado ao sexo
Coloração vermelha nos dentes descíduos e permanentes
Problema no metabolismo da porfirina, lembrando que esta tem afinidade pelo fosfato
Eristoblastose fetal

Incompatibilidade do fator Rh da mãe e do feto.
Deposição da pigmento sangüíneo no esmalte
e na dentina nos dentes em desenvolvimento, conferindo-lhes uma coloração marrom, castanho ou
azulado.

Em alguns casos a eritroblastose também pode ocasionar hipoplasia de esmalte


 Bibliografia:
Clareamento Dental - Prof. Dr. Fernando Mandarino


terça-feira, 21 de agosto de 2012

Utilização clínica de resina composta


Cor dos dentes: somatória entre a dentina e o esmalte
Dentina: mais saturado, mais opaco. Responsável pela matiz e croma dos dentes
Esmalte: translúcido, menos saturado. Responsável pelo valor dos dentes

Com o passar dos anos, modificações cromáticas nos dentes ocorrem por um desgaste da espessura dos esmaltes, aumentando assim a tranlucidez associado a uma deposição contínua de dentina, havendo um aumentando por conseguinte do grau de saturação, isso explica de forma simplificada o porque de dentes jovens serem mais “brancos “ quando comparados a de adultos e idosos.


Dimensões:
Matiz: cor propriamente dita. Padrão vita clássico: A-marrom B-amarelo C-Cinza D-Vermelho

Croma: saturação, intensidade da cor Ex: A1-menos saturado A4-mais saturado

Valor: Propriedade acromática, brilho. Pode ser definida como brancura, negrume do dente
A medida que se caminha do incisivo para os molares, diminui o valor e aumenta o croma
Translucidez: passagem da luz- maior em esmalte comparada a dentina

Diferenças entre terços dentais:
1-Terço cervical: grande espessura de dentina e esmalte delgado. Croma alto e valor intermediário.
2- Terço médio: grande volume de dentina e o esmalte espesso. Baixa tranlucidez e alto valor.
3- Terço incisal: dentina bastante delgada e esmalte espesso. Baixo valor

Seleção das cores:
ambiente com adequada luminosidade
limpeza adequada dos dentes
a matiz dos dentes de um paciene é a mesma, normalmente escolhemos a matiz pelo dente canino, por sua maior saturação
Para a seleção das cores, observa-se os dentes antes da prática do isolamento absoluto(para que não haja desidratação dos dentes), sendo prudente também o polimento coronário com pedra pomes e água antecedendo o tratamento.
Obs: pode-se colocar uma pequena porção de resina sem adesivo na superfície do dente em tratamento para a escolha correta da resina
Obs: Aparelhos eletrônicos novos detectam a resina adequada com alta precisão

Tipos de resina:
Esmalte
Dentina
Translúcido
Corpo(entre esmalte e dentina): normalmente acaba-se uma classe V com a resina de corpo e não de esmalte





Bibliografia:

BARATIERI, L.N. Odontologia restauradora - fundamentos e técnicas. Rio de Janeiro

BUSATO, A. L. S. et al. Dentística - Filosofia, conceitos e prática clínica

FOTOS: Prof. Dr. 
Hugo Henriques Alvim