terça-feira, 21 de agosto de 2012

Utilização clínica de resina composta


Cor dos dentes: somatória entre a dentina e o esmalte
Dentina: mais saturado, mais opaco. Responsável pela matiz e croma dos dentes
Esmalte: translúcido, menos saturado. Responsável pelo valor dos dentes

Com o passar dos anos, modificações cromáticas nos dentes ocorrem por um desgaste da espessura dos esmaltes, aumentando assim a tranlucidez associado a uma deposição contínua de dentina, havendo um aumentando por conseguinte do grau de saturação, isso explica de forma simplificada o porque de dentes jovens serem mais “brancos “ quando comparados a de adultos e idosos.


Dimensões:
Matiz: cor propriamente dita. Padrão vita clássico: A-marrom B-amarelo C-Cinza D-Vermelho

Croma: saturação, intensidade da cor Ex: A1-menos saturado A4-mais saturado

Valor: Propriedade acromática, brilho. Pode ser definida como brancura, negrume do dente
A medida que se caminha do incisivo para os molares, diminui o valor e aumenta o croma
Translucidez: passagem da luz- maior em esmalte comparada a dentina

Diferenças entre terços dentais:
1-Terço cervical: grande espessura de dentina e esmalte delgado. Croma alto e valor intermediário.
2- Terço médio: grande volume de dentina e o esmalte espesso. Baixa tranlucidez e alto valor.
3- Terço incisal: dentina bastante delgada e esmalte espesso. Baixo valor

Seleção das cores:
ambiente com adequada luminosidade
limpeza adequada dos dentes
a matiz dos dentes de um paciene é a mesma, normalmente escolhemos a matiz pelo dente canino, por sua maior saturação
Para a seleção das cores, observa-se os dentes antes da prática do isolamento absoluto(para que não haja desidratação dos dentes), sendo prudente também o polimento coronário com pedra pomes e água antecedendo o tratamento.
Obs: pode-se colocar uma pequena porção de resina sem adesivo na superfície do dente em tratamento para a escolha correta da resina
Obs: Aparelhos eletrônicos novos detectam a resina adequada com alta precisão

Tipos de resina:
Esmalte
Dentina
Translúcido
Corpo(entre esmalte e dentina): normalmente acaba-se uma classe V com a resina de corpo e não de esmalte





Bibliografia:

BARATIERI, L.N. Odontologia restauradora - fundamentos e técnicas. Rio de Janeiro

BUSATO, A. L. S. et al. Dentística - Filosofia, conceitos e prática clínica

FOTOS: Prof. Dr. 
Hugo Henriques Alvim

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Proteção do complexo dentinopulpar


Materiais indicados para proteção do complexo dentinopulpar sob restaurações adesivas.



Materiais indicados para proteção dentinopulpar sob restaurações em amálgama.



                                            
(PEREIRA, SEGALA, 2002.)

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Diagnóstico Pulpar


Devemos saber que a polpa possui em sua composição as seguintes camadas:

  • ·         Camada Odontoblástica – localizada abaixo da pré-dentina, composta por odontoblastos
  • ·         Camada Subodontoblástica – possui fibras nervosas e vasos sanguíneos pouco calibrosos e poucas células. As fibras A delta estão presentes nesta camada
  • ·         Camada rica em células – apresenta células mesenquimais indiferenciadas, fibroblastos, células de defesa.
  • ·         Camada central – vasos sanguíneos e fibras nervosas mais calibrosas. Apresenta fibras C, tais fibras possuem vesículas que liberam a substância P, responsável pela inflamação neurogênica


Fibras A delta- fibras nervosas mielinizadas, responsáveis pela transmissão rápida do impulso nervoso, promovendo resposta rápida, provocada, do tipo choque. Tais fibras não suportam hipóxia e anóxia.

Fibras C- fibras nervosas amielínicas, transmissão lenta do impulso nervoso, resposta lenta, lancinante, contínua, espontânea. Devido a substância P, há retro-alimentação do impulso doloroso, perpetuando a dor. Tais fibras suportam hipóxia e anóxia. Mesmo ocorrendo necrose pulpar estas fibras podem sobreviver no interior da polpa e quando estimuladas promovem dor.

Sensibilidade Pulpar

A polpa só responde aos estímulos através de dor. A sensibilidade pulpar se refere à resposta das fibras nervosas.
O teste de sensibilidade pulpar visa mensurar a resposta dolorosa frente ao processo inflamatório pulpar, obtido frente aos estímulos (frio, calor, elétrico).



Teste Gelo : Isolamento relativo + secagem do dente com gaze, aplica-se o bastonete de gelo próximo à cervical do dente.





Teste Endofrost: Borrifa-se o spray em uma bolinha de algodão e aplica-se próximo à cervical do dente.



Teste Calor: Aplica-se vasilina na superfície do dente e posteriormente aplica-se o bastão de guta percha aquecida nesta superfície.


Alterações Pulpares


Pulpite Reversível

Causa mais comum são lesões cariosas e exposição de colo dentário.
Ambas levam a um processo inflamatório, histopatologicamente como hiperemia pulpar, se o estímulo não for interrompido o processo pode evoluir para uma pulpite aguda serosa e pulpite aguda purulenta.
A exposição do colo dentário pode ocorrer por trauma oclusal, perda óssea, doenças periodontais.
Sintomatologia: Dor provocada por estímulos, acentuada com o frio, passageira, não se faz necessário o uso de analgésicos.
Tratamento: Remoção do agente causal. Se for uma cárie, remover a lesão e proceder a restauração. Se for uma hipersensibilidade dentinária causada por exposição radicular, fazer a dessensibilização da superfície

Pulpite Irreversível Sintomática

A pulpite reversível não tratada teve um aumento no estágio inflamatória. Sintomatologia dolorosa na fase inicial apresenta-se provocada e espontânea, fase final como espontânea.
Dor espontânea, pulsátil, intolerável com aumento da sintomatologia durante a noite (devido ao aumento da pressão intra-pulpar). Há produção intensa de gases e produtos bacterianos derivados da necrose pulpar. Dor não cessa com analgésicos
  • ·         Fase Inicial – dor espontânea e provocada
  • ·         Fase Final – dor contínua, não cessa com analgésicos, pulsátil, latejante, pode ocorrer dor irradiada. Há comprometimento das fibras nervosas centrais com liberação da substância P, causando a dor. Uso de calor aumenta a dor. O teste ao frio diminui a dor devido à descompressão do tecido pulpar

 Tratamento: Tratamento endodôntico do sistema de canais radiculares (SCR).

Pulpite Irreversível Assintomática

Histopatologicamente é conhecida como pulpite crônica hiperplásica.


Dor provocada pela pressão local, não há queixa de dor espontânea. Reage pouco ao frio e sente mais o calor. Pode apresentar um prognóstico de necrose.
Há proliferação de fibra colágenas formando um pólipo. A dor provém das fibras do interior do tecido pulpar.
Tratamento: Tratamento endodôntico do SCR.

Necrose Pulpar

Morte do tecido pulpar. Necrose de coagulação do tecido
Tratamento: Tratamento do SCR
Não há sintomatologia dolorosa



Bibliografia:
http://www.forp.usp.br/restauradora/polpa.htm
http://cursos.unisanta.br/trauma/testes.htm
VILAÇA, E.L. Diagnóstico Pulpar e Aterações Clínicas da Polpa Dentária

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Materiais dentários


Cimento Fosfato de Zinco

Composição:
pó: óxido de zinco, óxido de magnésio, óxido de sílica
líquido: ácido fosfórico, água, fosfato de alumínio, fosfato de zinco

Propriedades:
menor resistencia comparada a materiais restauradores antigos
mais barato
mais fluida
proteção do complexo dentina-polpa(térmicos, elétricos e microinfiltração)

Indicações: 
cimentação definitiva
bandas ortodônticas
base e forramento
restauração provisória

Contra-indicações: cuidado ao aplicar em dentes jovens, levando-se em conta o diametro dos túbulos dentinários, pode ser agressivo a polpa, sendo necessário nesses casos um protetor, como o cimento hidróxido de cálcio

Modo de aplicação: pode-se aplicar com a própria espátula ou utiliza-se também pincel como modo auxiliar, levando-se em conta sempre em qual indicação se adequa.

Produto comercial: Cimento de zinco(SSWhite)

Cimento Resinoso

Composição: 
matriz resinosa, cargas, silano

Ativação: 
química(sistema peróxido amina), fotoativada, dual

Propriedades:
virtualmente insolúvel nos fluidos bucais
espessura de película adequada
são irritantes pulpares

Indicações:
cimentação de restaurações indiretas cerâmicas e resinas
cimentação de pinos intra canal(fibra de vidro, fibra de carbono)
cimentação de brequetes

Modo de aplicação: utiliza-se normalmente a própría espatula para a aplicação

Produto comercial: Dual Cement(vigodent) 

Cimento Ionômero de Vidro

Classificação:
Convencional;
Reforçado por metais;
Modificado por resinas.

Composição:
Pó:
Partículas de Alumínio e Silicato de Cálcio.
Líquido:
Ácido Poliacrílico e/ou polimaleico e/ou cítrico.

CIV convencional reforçado por metais:
Convencional com partículas metálicas adicionadas.
Dar maior resistência.

Ativação:
Química
Fotoativada
Dual

Propriedades:
Liberação de flúor
Adesividade(quelação)
Coeficiente de expansão térmico linear próximo ao da dentina
Compatibilidade biológica
Resistência à compressão e tração aixa, sendo maior nos modificados por resina
Estética satisfatória apesar da opacidade do material
Altamente solúvel

Indicação:
Selamento de cicatrículas e fissuras.
Pequenas cavidades Classe I.
Proteção pulpar, forramento e base.
Núcleos de preenchimento.
Cimentações.
Restaurações provisórias.
Restaurações definitivas de dentes decíduos.

Contra-indicação:
Restaurações definitivas em dentes permanentes, exceto pequenas restaurações Classe I.

Condicionadores de superfície:
São utilizados para melhorar a adesividade:
Ácido Poliacrílico;
Ácido Polimaleico;
Ácido Cítrico.
Obs: A utilização de ácido é muito controverso, pela já presença no líquido.

Modo de aplicação: Varia muito de qual material será utilizado e de qual fabricante. Normalmente utiliza-se espátulas.  

Produto comercial: 
                          CIV para cimentação: Ketac Cem(3M ESPE) Vidrion C(SSWhite)



CIV para restauração e selamento de fóssulas e fissuras: Maxxion R(FGM) Ketac Fill(3M ESPE)


      CIV fotopolimerizável para restauração e preenchimento de núcleo: Vitremer(3M ESPE)
      CIV fotopolimerizável para base e forramento: Vitrebond(3M ESPE)


Bibliografia:
http://www.forp.usp.br/restauradora/dentistica/temas/cim_ion_vid/cim_ion_vid.pdf
http://www.slideshare.net/odontoufrj2010